Eu sou uma mãe



Eu sou uma mãe.

Sou a mãe daquele gordinho bochechudo de cabelinhos pretos e lisinhos que subiu ai. O nome dele é Samuel.

Ele é um anjo e, como todos os anjos, só me ensinou coisas boas. Ensinou-me a comer verdura, a tomar suco sem ser de caixa, ensinou-me que o amor só aumenta, quanto mais a gente dá. Apesar de não ter irmãos, Samuel me ensinou que devemos amar muito aos que a gente tem. Não importa se seja 1, 2 ou 10. Irmãos são irmãos.
Eu sou uma mãe.
A mãe de um anjo.
Não sei que nome se da as mães de anjos.
Mas sei exatamente a importância que se sente em gerar alguém tão especial. Tão lindo, maravilhoso, esplêndido.
Eu sei o que é ser amada e amar.
Eu sei o que é trazer no ventre algo tão magnífico, que Deus quis ficar com ele.
Também sei o que é saudade.
Samuel me ensinou isso também. Sentir falta de alguém. Sentir dores: do silêncio, da ausência, da partida. Do vazio, do luto, da morte. Acho que não foi por mal. Mas para fazer de mim uma mamãe mais forte, corajosa e sem medo de coisa alguma. Nem da distância, nem da separação, nem da morte.
Nossa senhora, tu que também és mãe. Cuida do meu pequeno anjo. Para que no dia em que eu chegar, ele esteja a me esperar, com um abraço. Que eu sinta suas mãos gordinhas ao meu redor e que nunca mais seja preciso nos separar. Porque dói demais.
Samuel, eu te amo. E o que me mantém viva é a espera de te reencontrar. Te abraçar e vivermos juntos para sempre.
Porque eu sou TUA mãe.
Porque eu te amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário