14.02.2014

" A mesma Praça, o mesmo banco,
As mesmas flores, o mesmo Jardim.
Tudo é igual. Mas estou triste
Porque não tenho você perto de mim".


No carnaval você estaria com 7 meses. Vendo o Bloco do Oiti da nossa varanda. Saudades, meu amor!

O anjo mais velho



Enquanto houver você do outro lado


Aqui do outro eu consigo me orientar

A cena repete, a cena se inverte

Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar


Tua palavra, tua história

Tua verdade fazendo escola

Tua ausência fazendo silêncio em todo lugar


Metade de mim

Agora é assim

De um lado a poesia, o verbo, a saudade

Do outro a luta, a força, a coragem pra chegar no fim

E o fim é belo incerto... depende de como você vê

O novo, o credo... a fé que você deposita em você e só


Só enquanto eu respirar

Vou me lembrar de você

Só enquanto eu respirar..


Enquanto houver você do outro lado

Aqui do outro eu consigo me orientar

A cena repete, a cena se inverte

Enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar


Tua palavra, tua história

Tua verdade fazendo escola

Tua ausência fazendo silêncio em todo lugar


Metade de mim

Agora é assim

De um lado a poesia, o verbo, a saudade

Do outro a luta, a força, a coragem pra chegar no fim

E o fim é belo incerto... depende de como você vê

O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só


Só enquanto eu respirar

Vou me lembrar de você

Só enquanto eu respirar..


O dia mente a cor da noite

E o diamante a cor dos olhos

Os olhos mentem dia e noite a dor da gente

A dor da gente


Só enquanto eu respirar

Vou me lembrar de você

Só enquanto eu respirar...

http://www.youtube.com/watch?v=bKJPNv1hCXw
"Aos seus pés
Curvarei meu útero vazio
Quente mão minha a sentir a saudade
Na transformação de meu corpo
A buscar o encanto
A arte sagrada
A mãe soberana
A escolha de ser criadora
Parir carne viva
Flor fulgurosa no canteiro
No lar, no café das manhãs
No agasalho das noites estreladas
Fome do carinho meu
Buscarei a palavra que já não pode dizer
Embrenhando-me na falta de sentido
Numa lágrima, a palavra Filho
Agarrar seus pés ausentes
Para plenitude, o resplandecer
De a palavra Mãe ouvir
Fome de carinho seu
Semente adormecida no canteiro
Minhas mãos aos seus pés
Pedra fria
Separa a Sombra e a Luz
Mãe
Filho
Um fogo ardente vivo
Eternidade !"

(Cíntia Thomé)

Seria, mas...



"O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma

pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez

companhia por um tempo razoável,um tempo feliz."

(Carlos Drummond de Andrade)

"O luto não passa nunca"

"...quando você perde seu coração, sua alma, não sabe nem se vai continuar vivo. É uma coisa a que pouca gente sobrevive" 

"O coração é o que mantém a mente inteira. O maior órgão, o mais delicado é o coração. Na hora que ele se espatifa, a mente se descontrola. Manter seu coração inteiro para a sua mente ficar em ordem é sobre-humano." 

Tenho lido muito sobre outras experiências como forma de "manter meu coração inteiro". Continuo crendo firmemente em Deus, sem desviar dos meus caminhos, (apesar de inúmeros convites e oportunidade de fazê-lo) e não crendo que houve um castigo, ou livramento, mas sim que houve apenas uma permissão dEle, a qual eu não compreendo e muitas vezes não quero aceitar.
Fico decepcionada quando, apesar de todos os que passaram por esta perda dizerem exatamente a mesma coisa, pessoas que nunca perderam um Peixinho dourado*, vem me dizer que sou fraca e que "o que passou, passou", bola pra frente porque isso não é importante. 
Sou educada o suficiente para não dizer em rede internacional o que eu gostaria que essas pessoas fizessem com suas opiniões. 
Aos que tem nos apoiado, todo o nosso carinho e gratidão.
Ao nosso Samuel, todo o nosso amor. 

25.01.2014 - 6 Meses





"Vive a tua tristeza, tateia-a, molha-a com lágrima; envolve-a em gritos ou em silêncio, copia-a em cadernos, anota-a no teu corpo, nos poros da tua pele. 
Pois só se não te defenderes, fugirá, por momentos, 
para outro lugar que não o centro da tua íntima dor.

E para saboreares a tua tristeza vou recomendar-te também um prato melancólico: 
couve-flor em brumas. 

Trata-se de cozer em vapor de água essa flor branca, triste e consistente. 
Devagar, com aquele odor que tem o próprio hálito que a boca exala nas lamentações, ela vai cozendo até amaciar. 
E envolta em bruma, no seu vapor fumegante, põe-lhe azeite e alho e alguma pimenta, e salga-a com lágrimas que sejam tuas. 

Então saboreia-a devagarinho, mordendo-a do garfo, e chora mais, chora ainda, que aquela flor acabará por ir chupando a tua melancolia sem te deixar seca, sem te deixar tranquila, sem te roubar a única coisa que é tua naquele momento, a única coisa que já ninguém te poderá tirar, a tua tristeza; mas com a sensação de, ao de teres partilhado com essa flor imperecível, essa flor absurda, pré-histórica, essa flor que os noivos nunca pedem nas floristas, essa flor de couve que ninguém põe nas jarras, com essa anomalia, essa tristeza florescida, a tua própria tristeza de couve-flor, de planta triste e melancólica.”


(ABAD, Hector/ Livro de receitas para mulheres tristes )

Saudades sempre do meu grande amor, Samuel.