31.07.2013



Uma semana. Na quinta passada, nesse exato momento, estava passando por o pior momento de minha vida. Ainda dói, dói muito. Um misto de tristeza, raiva, decepção com Deus, angústia ainda se fazem presentes em mim. Sempre me pergunto: “porque?”.

Samuel foi e é muito amado, muito antes da sua concepção. Da escolha do seu nome ainda na época de namoro. Da imaginação de como seria, se seria cabeludinho ou não, gordinho ou magrinho, pequeno ou grande. Foram tantas idealizações... e ele nasceu exatamente da mesma forma forma de nossos sonhos. Igual: gordinho, cabeludo, batatinhas da perna do pai, narizinho da mãe. Lindo.
Porém, por algum motivo que eu não entendo, que não consigo imaginar, ele se foi.
Pensei muito em como honrar meu filho, como posso fazer que sua ida não seja em vão. Só uma coisa passa na minha cabeça: façam aquilo que eu não pude fazer com Samuel. Abracem seu filhos, com carinho e muito amor. Cuidem de seus dodóis, beijem para “sarar logo”. Não se matem de trabalhar para dar uma “boa condição”, boa condição é estar ao lado deles, ser presentes na vida deles. Não reclamem de “noites em claro”, ou se o peito dói para mamar, essa é uma dor que dá e passa, a minha vai durar uma vida toda. Ensinem para seus filhos o quanto eles podem fazer a diferença nesse mundo, corram com eles, joguem bola, brinquem de boneca. Não tenham medo de ser ridículos, pais. Se sua filhinha quiser lhe maquiar, entrem na brincadeira e se melem com eles. Pais, se fantasiem com seus filhos, faça cada brincadeira ser mais real possível, a vida é uma só! E assim fazendo, eu vou poder honrar meu filho. Melhor, vou poder honrar meus três filhos.

Fiquem com Deus.


Flávio Duarte

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